Dias traiçoeiros
 
A mágoa que aguou o coração
Encharcou a alma de lama
Umedeceu até perigar ruir
E tão à toa,
tão sem sentido!
Na correnteza se foi o crédito,
aquele que se perdeu para sempre...
Sempre é tanto, tanto tempo!
Uma distância que não sei mensurar,
Como vento que vai e não sei se volta
E se voltasse, não sei o que seria,
de que forma absorveria...
Dias traiçoeiros,
de um sol atípico e apático,
um raio iluminando,
um trovão ecoando em meus olhos
Rajados de surpresas, manchados de uma lágrima,
a lágrima que não quis chorar e me aguou
Dias de angústias,
dias traiçoeiros no meu coração,
tão sem esperança,
só à espera de um simples não...
Poderia conviver com negativas vegetando,
mas com fantasias, não deu, deu não, deu nada!
Enlutei-me por dias atraiçoados,
dias inquietantes e despedaçados,
perdidos em momentos retalhados
Amortalhou e desafinou o tom,
O tom bom que foi para sempre,
Mas sempre é tanto, tanto, tanto tempo!!! 

Deveria ter três diminutas etapas
Transformou-se em três décadas
Três milênios, três eu que não se unem...
Rose Stteffen
Enviado por Rose Stteffen em 15/05/2012
Código do texto: T3670036
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