BEM

Estou sempre de bem!

Digo-lhes que sim...

Mas, dentro de mim é nada!

Moinhos de ventos, sem ventos...

Minha ilusão já é conhecida...

Quadro na parede esperando por sutilezas que abalem a inércia dos tempos.

Um vale descampado que me rodeia; uma casa de feno ao canto; Noutro, feno. Horizonte ao fundo na imensidão verde. Em cima, luz e aos pés, sombra. E à frente, eu. Vendo tudo isso há tempos... Passando, retocando e movendo a fibra.

De minha parte, só contentamento em olhar e ser olhado. Porque a oferecer... Nada!

Um completo nada!

Mas, digo-lhes bem...

Que sim!

Sempre.