A noite.

Sono por ônus

Cama por bônus

Silêncio do milênio

Calada do gênio

-

Quem cala até morte

Se sente com sorte

Descansando para tirar o azar

Amanha quem sabe amar

-

Pessoas que não se aquecem

Por causa de seus corações

E quem sabe de aflições

-

Esconda-se da noite

Com os “leds” e luzes que se esquecem

Do medo da foice

-

Adoram aqueles que não dormem

Vampiros sugadores do silêncio

Se acomodam no intenso

Da luz é aquilo que fogem

-

Para quem ama

A noite encanta,

Mas para quem dor sente

Com a noite não se entende

-

Escritores se esbanjam

Leitores se encantam

Poetas tentam

Com várias noites imendam

-

Lençóis molhados

Corpos secados

Braços entrelaçados

Amores fechados

-

É algo tão belo que até a insonia afronta

Mais um pouco e a noite assim se encontra

Sobre os pesares da gravidade

Nos olhos da humanidade.

Etges
Enviado por Etges em 16/03/2012
Código do texto: T3558518
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