A noite.
Sono por ônus
Cama por bônus
Silêncio do milênio
Calada do gênio
-
Quem cala até morte
Se sente com sorte
Descansando para tirar o azar
Amanha quem sabe amar
-
Pessoas que não se aquecem
Por causa de seus corações
E quem sabe de aflições
-
Esconda-se da noite
Com os “leds” e luzes que se esquecem
Do medo da foice
-
Adoram aqueles que não dormem
Vampiros sugadores do silêncio
Se acomodam no intenso
Da luz é aquilo que fogem
-
Para quem ama
A noite encanta,
Mas para quem dor sente
Com a noite não se entende
-
Escritores se esbanjam
Leitores se encantam
Poetas tentam
Com várias noites imendam
-
Lençóis molhados
Corpos secados
Braços entrelaçados
Amores fechados
-
É algo tão belo que até a insonia afronta
Mais um pouco e a noite assim se encontra
Sobre os pesares da gravidade
Nos olhos da humanidade.