QUARTA- FEIRA DE CINZAS
Ruas amontoadas de restos
deixados por foliões apressados...
No ar, a energia e os gestos
dos que se foram, cansados.
A volta à realidade
doce ou crua de cada um;
o despertar da verdade,
os muitos sonhos, ou nenhum...
As fantasias largadas,
sem qualquer utilidade,
apesar de tantas pessoas
permanecerem mascaradas.
Não vivem sem seus disfarces,
e revestem suas faces
com o que mais lhes apraz.
Sobrevivência, talvez,
uma forma de viver em paz...
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RJ,22/02/12