O CANTO DO CISNE

Desliza sobre as águas como em magnífico bailado

O níveo cisne cujo suave canto enternece e acalma

Maviosas notas moduladas com encanto esmerado

Murmúrio de paz que envolve serenamente a alma.

Melífluo som que parece provir das alturas celestes

A deslumbrar os mortais com seus tons harmoniosos

Manifestação angelical que a doce melancolia reveste

Um espírito sofrido a entoar versos deveras melodiosos.

“Grande tolice!”, direis, pois que as aves alma não têm

Mas quem duvidaria de que suas plumas de linda alvura

Poderiam revestir as asas dos Anjos, guardiães do Bem

E o seu cantar alcançaria os Coros das divinas alturas?

Também conta a lenda que a gentil princesa encantada

Devido a um feitiço teve o corpo de um cisne por exílio

Quando ouvia a sutil música da harpa cantava extasiada

Aplacando o sofrer pelos amenos gorjeios, como auxílio.

Dizem também que o dolente canto do cisne é mais belo

Pois se tornará ser de luz na Constelação do Céu do Norte

Pressente que perecerá e de nós se despede num anelo

Cantando ele parte, pois seu amor vencerá a própria morte!

Anankhe
Enviado por Anankhe em 12/02/2012
Reeditado em 13/02/2012
Código do texto: T3495239
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