PERDOA E ME AMA.


Meu amor pode ser fazer invisível a teus olhos,
Por não saberes de quão grande inspiração me és fonte.
Do meu triste e frio olhar que te parece distante,
E de um semblante oculto que não vês,
Há uma revolução, dentro, que ocorre na alma errante!

Por que choro e não vês as lágrimas da dor?
Por que te suplicio que te sejas em mim e não me sentes?
Se meu mundo se esconde atrás de meu rosto,
Por que não me desvendas o eterno da finitude?

Deixa o mundo. Esqueça os tropeços de minha insanidade,
Frutos do medo da criança de coração assustado e agitado.
Sim! Tenho medo! Sinto tanto frio às vezes! Perdoa-me!
Deixa comigo os castelos dos homens e vem me amar sem limites!

Já não sou, meu amor. Somos em mim. Que me será sem ti?
Navega-te em meu oceano sem temor e apossa-te de todo meu ser,
Até que o mistério de tão grande chama seja desvendado,
Mesmo que precisemos percorrer todo o Universo infindável.

Delírios de um louco! Amor de um louco! Cintilam agora o silêncio,
Que estrangula minhas entranhas com o remorso por ter caído outrora.
As chuvas constantes derrubaram o menino amedrontado, e agora
A tua dor se multiplica em mim, amada, com intensidade que não imaginas.

Fluir como o rio e apenas seguir contigo sem que o leito ou pedras nos parem.
Sim, ser como um rio vivo e não temer o leito do mundo dos homens,
Nem as pedras do mundo dos homens. Contemplar o sentimento maior e seguir,
Corajosa, fiel e insanamente nos amando, mesmo após a morte!

Péricles Alves de Oliveira


Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 01/02/2012
Reeditado em 01/02/2012
Código do texto: T3474474
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