Poesia e não Poesia

Se o meu poema fica escuro e vão,

talvez eu esteja empalidecendo,

doendo como dor de dente que

nem mesmo remédio a afasta.

Mas, pode ser que minha palavra seja casta.

Não conseguiu pular a onda do mar.

Não viajou as nuvens entre aviões.

Quem sabe minha palavra não foi sono para

dormir no colo de alguém e acordar olhos,

pele, passo, pureza, prazeres, pesares.

Não me importa continuarei soletrando

minha veia, que não sei se poética,

mas, por meu coração que vive de poesia.

Neusa Azevedo
Enviado por Neusa Azevedo em 22/01/2012
Código do texto: T3455128