Laço invisível

“Não te trago ouro

Porque ele não entra no céu

E nenhuma riqueza deste mundo.

Não te trago flores

Porque elas secam e caem ao chão.

Te trago os meus versos simples

Mas que fiz de coração.”

(Chimarruts)

Somos nós intimamente ligados,

Atados inseparavelmente por nós,

Por laços invisíveis e indivisíveis,

E sobretudo indizíveis, inenarráveis,

Indescritíveis e incontáveis...

Somos incontrolavelmente atraídos,

Por um magnífico magnetismo,

Fisicamente, pelo encaixe perfeito,

E extraordinariamente pelo coração.

E por mais que puxemos as pontas

Das nossas vidas e dos nossos laços,

Mais nos atamos a nós mesmos,

E nossas mãos se entrelaçam,

Em beijos e abraços e carinhos...

Nada preso, tudo fortemente alçado

Por um laço invisível, envolvendo

Este presente tão maravilhoso...

É como diz a famosa frase:

“Tudo começa e termina com nós,

Basta desatar nós.”

Diferentemente de nós e de correntes

Que não desamarram ou desprendem

E que tentam em vão segurar à força,

É o nosso belo e incomparável laço

Que nos mantém unidos e atados,

Pois afinal ninguém é pego a laço.

O laço é feito cuidadosamente

E só permanece atado com cuidado.

Se não cuidar, ele desmancha,

E se não o quiser, se desfaz facilmente.

Mas em nós, é justamente a delicadeza

Desse laço invisível e inexorável

Que conduz à beleza e aos cuidados,

E nos faz querer, acariciar e amar.

(Catalão, 30/10/2011)

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 16/11/2011
Código do texto: T3338272
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