Rio Menino...

As cascatas banham as rochas.

Como nuvens esbranquiçadas,

molha a selva e a mata.

As quedas d’água cristalina,

numa dança ondulada, em ondas azuladas,

abrem fendas, norteando o caminho.

As noites enluaradas, nas margens,

sombras viram personagens,

jogando rosas perfumadas...

Deitada num banco de areia

é uma miragem divinal, o canto da sereia.

Enfeitiça os homens com seu olhar.

Vestida com um manto azul, sedutora é a Deusa Iemanjá...

O folclore nasce...

As lendas se espraiam

Causos contados pelos caboclos são fantasias.

Faz do Rio Menino pura magia...

Os afluentes filhos da hidrografia.

Navegam em águas sonolentas e cumprem a profecia.

Deságuam num delta, onde mora a alma de um poeta.

E faz poesia...

Os rios são como pessoas: eles nascem, atravessam a juventude, maturidade e velhice...

magda crovador
Enviado por magda crovador em 05/10/2011
Reeditado em 05/10/2011
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