Poetar
Nem bem acabo de acordar, fazer o meu toilete,
A vontade de escrever invade, e aqui estou eu a digitar.
Antes, um caderno, a caneta, e escrevia, escrevia dia e noite
E inversamente.
Não sei como consigo, apenas escrevo,desejo muito mais.
Busco ao escrever transformar "balas de canhão, por botões de rosas."
Sou alquimista nessa escola, chamada Vida.
Nem bem, o dia raiou, e o meu ser se invade de mensagens,
De algo transformador.
Será isso, o que todo poeta-escritor sente.
De repente, o feio se torna belo,
O azul se mistura ao amarelo,
E, os sonhos se vivem a cada dia.
Ser poesia, ao meu ver,
Nesse meu viver de conflitos externos, internos, o desejo, a fantasia.
Derrubo barreiras, sou menina e sonho, componho fábulas.
Neste terreno fértil, cahmado imaginação, dedico de antemaão à:
Marina Lima, poeta aos setenta e poucos anos, avó do bailarino Lucas
(Escola de Dança de São Paulo -antiga EMB) e aos poetas bailarinos que lá estão, bailando, poetisando em seus corpos, encantamento, entre tantos, minha princesa Alexia Cristina, minha nobre filha.
Ah. Sonhar, poetisar, espreguiçar dengosamente nesse Recanto, chamado Letras, atingir as nobres criaturas e me aventurar.
Assim, sou ao poetisar.