POBRE CRIANÇA PÁLIDA (Marllamé, com licença)
Pobre criança pálida
Não sabe o nome que tens
Nem sabe o da mãe
E desconhece o pai.
Perambula pela cidade
E entre carros olham-no bandido
E as bolsas seguram ao corpo
Tão logo o veem próximo à porta.
Se corres de jeito não comum
As suas costas vem a polícia
E o noticiário da em primeira mão
Mais um delinquente abatido.
Pobre criança pálida
Negaram-lhe a cor e também a existência
És apenas uma pobre criança pálida
Que infelizmente ainda se vê nas ruas.