FUZARCA DOS ESCORPIÕES

A dor se aloja em lugares gélidos e úmidos

para envenenar-me abruptamente

Com risos cáusticos,palavras nocivas

Bebendo sangue que escorre dos meus olhos

tão fascinoramente

Sente-se alegre ao me ver em tristeza

Me revirando no leito dos desafogados

Rasgando a mim,tal vivalma indefesa

Semiviril,encravado na selvageria

Balbucia o medo que vem me adoecer

Faz-me desesperançar

Traçar caminhos que me farão morrer

diante da fuzarca dos escorpiões

que estigmatizam o antídoto de se alegrar.

Descomprazer que é esta realidade!

Pesadelos vivos!

Medo mórbido dessa abstrusão aracnídea!

Enfim, quando o antídoto é dado aos escorpiões

Descompaixonadamente se envenena e,

sem pieguices, parte às prorrogações.

Natan Batista
Enviado por Natan Batista em 24/08/2011
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T3179503
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