FUZARCA DOS ESCORPIÕES
A dor se aloja em lugares gélidos e úmidos
para envenenar-me abruptamente
Com risos cáusticos,palavras nocivas
Bebendo sangue que escorre dos meus olhos
tão fascinoramente
Sente-se alegre ao me ver em tristeza
Me revirando no leito dos desafogados
Rasgando a mim,tal vivalma indefesa
Semiviril,encravado na selvageria
Balbucia o medo que vem me adoecer
Faz-me desesperançar
Traçar caminhos que me farão morrer
diante da fuzarca dos escorpiões
que estigmatizam o antídoto de se alegrar.
Descomprazer que é esta realidade!
Pesadelos vivos!
Medo mórbido dessa abstrusão aracnídea!
Enfim, quando o antídoto é dado aos escorpiões
Descompaixonadamente se envenena e,
sem pieguices, parte às prorrogações.