O Inferno Lírico de Badou Sarcass XI

Não me cobrem versos cálidos ou

Palavras suaves sobre uma vida feliz.

Eu não posso! Eu chafurdo na lama,

Na poeira que me faz humano, no sopro

Do nada que constrói meu ser.

Há muitos que cantam o pôr-do-sol,

É preciso que alguém cante o chão.

Não quero colecionar sorrisos imbecis

Para mostrar o quanto valho.

Não esperem um hálito fresco

Desta boca que cheira a merda.