Badou às portas do paraíso

"As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade."

Goethe

No caos em que choro

Meus deuses de outrora.

Ao distante céu imploro,

Rogo àquela musa ignara

Que pelos ares abandone

Um ou outro verso infame

Que faça, em Badou, o milagre

De enterrar a poesia certa,

Ainda que ele nunca espere

A porta do paraíso aberta.