Silêncio II
Enquanto no candelabro, a chama acesa se movia,
E as lagrimas incontidas, inundavam minhas faces,
Era como o oceano bravio, expulsando as sujeiras
Dos navegantes... E o meu desejo aumentava,
Na medida em que a chama, ainda tremula,
No fim do seu clarão se apagava.
Diante da aurora, que canta o amanhecer,
Na voz dos pássaros e o sol nascente,
Despertava meus ouvidos, chamando-me.
Em tua ternura viajei, nas asas do vento,
Que soprava sussurros teus.
Enquanto a vela se derretia,
Era a tua voz que me dizia:
Silencio!
Silenciei...