Uma Noite em Budapeste (Encantamento)

A rua ta tão deserta

A noite uma escuridão medonha

A lua anelar em prata

Veste todo corpo nu de Bell

A lua ta cheia

Vazia ta a rua

Lá no finzinho...

Uma coisa se mexe...

Remexe...

Quase se ergue

Tem menos lua

Naquele canto da rua

Pouco ou nada se vê

Sim...

Lá do fim!

Aquilo vem se arrastando

É bicho?

É homem?

A coisa vai se curvando

Urrando um soneto de amor

Um secreto desejo

De enquanto a lua for cheia

Ser possuído por Bell

A noite é fria...

Desértica

A nudez prateada encanta

Revela todo aquele segredo

De amor...

De medos...

Lá no finzinho da rua

Uivos!

Urros!

Carícias...

Sussurros...

A prata ainda ta cheia

E a magia da lua

Toda aquela noite encanta

GuimarãesCampos
Enviado por GuimarãesCampos em 19/06/2011
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