TRIBUTO A DOR DE UM ARTISTA
Era então artista de circo
Bom como poucos
Viajante e solitário todo tempo
E se lhe chamassem de estrela
Respondia: De uma noite nublada
Fazia rir e brincava com o perigo
Distraía aos outros
Distraindo seu próprio sentimento
Levava consigo a certeza
De um dia encontrar sua amada
E percebeu de cima daquele picadeiro
Que todas as certezas se acabaram
Pois as noites nubladas vieram
Sem trazer quem estava a esperar
E para sempre, até o suspiro derradeiro
Foi como todos seus dias se passaram
Mas no final as estrelas lhe deram
A luz para na passagem o guiar.
MORRE O AMOR, NÃO MORRE A DOR
MORRE A ESPERANÇA, NÃO MORRE A LEMBRANÇA
MORRE A FELICIDADE, NÃO MORRE A SAUDADE
E NÃO HÁ MORTE QUE MATE UM ARTISTA.