Amor Doce,Mais Que Mel!
Como voltar à poesia neste dia,
Sem contar os dissabores da longa noite,
De insônia e utopias, agonizante, fria?
Solidão e amargura surravam-me com açoite,
Abatia-me a tristeza, como flecha cravada,
Em meu peito a dor, de ser abandonada.
O lamento sucumbindo todo amor,
Que distante, não se fez aparecer,
Lavou-me tanto pranto derramado,
Inundando os meus lençóis de puro linho.
Do teu céu veio à aurora, num clarão,
Espargindo pela terra tanta sorte,
Adocicando o meu amargo coração,
E me tirando, daquele leito de morte!