Sem Sono
Por mais quantas noites
Por mais quanto tempo
Viverei a ser ninado
Embalado por mim mesmo?
Por mais quantas estrelas
Por mais quantas luas
Vagarei sem sono
Em ilusões insanas
Desajeitado pela casa?
Por mais quantas danças
Por mais quantas melodias
Esperarei um par
Que pise nos meus pés
E me desande.
Ouço pesares gritos de sem finda noite
Das certezas que não me importam
Conselhos que não me valem
Amargo que nada me comove.
Acalento-me. Aguardo
A companhia preguiçosa
Que dorme ao meu lado
Sem ser desconhecido
Para, enfim...dormir.