Sem Sono

Por mais quantas noites

Por mais quanto tempo

Viverei a ser ninado

Embalado por mim mesmo?

Por mais quantas estrelas

Por mais quantas luas

Vagarei sem sono

Em ilusões insanas

Desajeitado pela casa?

Por mais quantas danças

Por mais quantas melodias

Esperarei um par

Que pise nos meus pés

E me desande.

Ouço pesares gritos de sem finda noite

Das certezas que não me importam

Conselhos que não me valem

Amargo que nada me comove.

Acalento-me. Aguardo

A companhia preguiçosa

Que dorme ao meu lado

Sem ser desconhecido

Para, enfim...dormir.

Eduardo Magalhães
Enviado por Eduardo Magalhães em 02/04/2011
Código do texto: T2885364
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