Monólogo do Horizonte Que Nunca Encontrará o Amor
Tento encontrar-te, amor meu,
nas planadas dos horizontes.
Nos coração refugiados.
Mas permanece
tão obscuro,
morto e sem intenção.
Ah! Como queria secar
as águas do paraíso.
Como queria eu,
amar,
ser amado,
como nos sonhos de outrora.
Tu perfeito enigma do destino,
que em meu leito vem brincar...
Brinca de gestos,
saudades...
Brinca de machucar.
Quem me dera não ser poeta,
para forçado, saber o que é amar.
Assim, tantos obscuros e imperfeitos
lugares, deixaria, voltaria, todavia
um dia, ei de voltar.
Mas amor meu, se te encontras tão distante,
ou quem sabe, tão sem nunca ter existido.
O que ei de fazer, se vim ao mundo para amar?
E, quando busco as perfeições,
enxergo horizontes tortos, e sem cor.
Volto ao pranto, sem alma e lugar.
Saber se “eu te amo” pode ser infinito.
Mas o infinito, é sonho de criança.
Deparo-me assim... Distante.
Perto...
Plano...
Torto...
Como será o olhar de quem vê o horizonte?
20/03/11
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Publicado no Livro:
2011- Coletânea: A Voz dos Ventos