ATOS E LIMITES

A prática que nos limita

Não é um ato

O ato que nos limita

Não é vivência

Que mereça que aconteça

Pois nem transforma

Nem evita que o caos se estabeleça

O Establishiment é um ato

Que nos limita

Uma prática

Que nos diminui

Posto que nos avilta

Sutilmente nos deforma

E mata em nós o germe da transformação

É sistema posto

Humano sem rosto

Revolução sem rosto

Posto que está posto

Esquema volátil

Mercado sem produto

Produto sem valia

Tudo vira mercadoria

Toma lá dá cá

Mais clamor e violência

A demência não rareia

O desamor se banqueteia

No mercado da ilusão

A vida vale um tostão...

Não há limites para o mundo vão

Sob as luzes de néon

Há um deus pagão

Igrejas proliferam sem religião

“Sem o dizimo não há salvação”

Mercado vão

Vida de cão

Cultura do medo e opressão

Que atos sagrados e profanos aconteçam

Para mudar a direção deste mundão

Que rodas e vivências façam o povo acordar

Sem limites pra sonhar

Que o inédito viável se estabeleça

O mundo cirandando

Cirandas a cantar