Dor de Um Canoro

No meu canto rasgo o pranto

Largo cedo o meu recanto

Deixo a cuíca de longe tocar

No meu sono existe um sonho

Que discorda com esse concorde findar

Nele nossos lábios voltam a se beijar

Na minha dor poetas criam poesias

Compositores canção de mal feito condão

Que já não me traz alegria

No meu sozinho relutar

Me espanto em abandono

Não te vejo fraquejar

Oh coração que já tem dono

Me recolho em decrépito canto

Em meu canto, em meu pranto

Já ocupado está o meu recanto

Então, assim eu canto

No meu canto.

Eduardo Magalhães
Enviado por Eduardo Magalhães em 11/02/2011
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