Sobre o que escrevo

Escrevo sobre o que sinto

Descrevo em linhas o pouco que consigo enxergar

Num mundo de sombras rasgo o verbo e não minto

Sobre os vultos que a clareza teimam em embaçar

Escrevo sobre intuições

Do novo e do antigo que povoa meu ser

Debulho inúmeras lágrimas e me vejo em grilhões

Mesmo com a liberdade de pensar

Escreverei enquanto acreditar no que realmente estiver sentindo

Mesmo sem forças tateando no breu

Continuarei escrevendo e sorrindo

Pois se deixar de escrever não serei mais eu