Nos Braços da poesia
A poesia quando chega, é sem avisar,
Desnuda meu corpo, me beija me rega.
Leva-me sem pudor, em seu leito me entrego.
Sorvendo em seus lábios, aberta me dou!
Até a censura calada, envergonhada fugiu,
Não resistiu à tentação, no fluido do amor,
Apaixonada e tremula nem pensou, zarpou.
Deixando de lado, o bom senso, vazio!
A senhora bem casada, o sem valor descarta,
Momento intenso, diamante não lapidado,
Tosco sem jeito esfarrapado, do amante,
Que se deixa levar em seus braços!