Quando o silêncio nos fala

Há um sabor amargo no silencio

quando o que desejamos é som da presença

o toque sonoro de aproximação

Há um aperto, quase dolorido

como se houvesse desavença

onde havia apenas afeição

Há uma sombra que turva o olhar

apagando o brilho e a vontade

reduzindo o pulsar da energia

E há, por fim, a quietude do esperar

latejando cruelmente a saudade

retirando, sem piedade, a alegria

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 23/06/2005
Código do texto: T26974