Ausência (Com Neuza Pinto Nissen)

Tua ausência paralisou

As andorinhas de minha alma

As borboletas presas estão nos casulos

O sorriso de meu olhar

Não sei se ficou no céu

Ou perdido ao léu

Quicas esteja abraçado ao mar

Meus olhos já não lacrimejam

Secos estão como terra árida

Suplicando pela chuva

Deixastes em meu âmago

Um torturante vazio

Sombrio

Ou será o caos?

Temo esta quietude em mim

Senhora ausência

Porque escolhestes a mim

Para enlaçar sem clemência

Cruel é tua presença

Tão triste está o coração

Fraco, quase sem movimento

Já não sinto seu pulsar vigoroso

Feito mar em tormentos

Venha a mim anjo poeta

Tragas a luminosidade

Que já não alcanço...

clemência triste,

Sem espaços da imensidão.

Senhora ausência,

Não se ausenta

De meu coração.

Leve a agonia de minha mente,

Claramente, para o céu,

Não me deixe como réu,

Tendo que degustar

Ainda desta espera.

E as borboletas, insistem aos casulos da alma.

Tua ausência, era...

O que meu coração,

Não gostaria de saborear.

Mas se esta é a sina,

Não me cabe remediar.

Ouço, vejo e espero...

O sorriso de seu olhar.

18/12/2010

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Publicado no Livro:

2011- Madrugadas Tardias (Fábio Aiolfi)

Fábio Aiolfi e Neuza Pinto Nissen
Enviado por Fábio Aiolfi em 26/12/2010
Reeditado em 08/07/2014
Código do texto: T2692608
Classificação de conteúdo: seguro
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