LUZES DA PRAÇA

Brilhavam em cores diversas

Nos braços de uma araucária

As luzes de tua infância

De sonhos e de magia

O brilho que refletia

Em teus olhos de criança

Norteava-te o coração

Nas trilhas da esperança

Do alto onde moravas

Com alma enluarada

O pinheiro de muitas luzes

Em dezembros divisava

Na ternura da ingenuidade

Propria da pouca idade

Vagava em pensamentos

Nas entranhas da cidade

E assim era feliz

Tinha o dom e nem sabia

Que nascera predestinado

À espalhar a poesia

Ao meu amigo MALGAXE

Uma singela homenagem ao poeta adulto ruminando hoje a poesia do coração criança de ontem.A sutileza do menino Iratiense (do Alto da Glória) que teve sempre a cidade à seus pés,com suas cores,seus ecos,suas luzes...Em dezembros distantes,na Praça da Bandeira com a araucária centenária de braços esguios escorrendo cores ante o seu olhar e o olhar materno da Virgem Imaculada da Colina Nossa Senhora das Graças.Não é obra do acaso a sensibilidade poética deste conterrâneo à quem muito admiro.