Blyndeskuwy

Era triste, era sertão, era o pôr do sol!

Era a rede e um ribeirão, era o paiol.

O córrego da onça e o do capim,

Lá num estradão, quase sem fim.

Pinga num latão e o os camundongos...

Fazem a festa no chão dos quilombos!

E os bois quase morrendo de rodar

A enorme moenda, a cana a triturar...

Blyndeskuwy era o nome famoso,

Da fazenda de mestre João Mimoso,

Das terras dos maiores canaviais...

Alegrava a pingaiada nos carnavais,

E juntava muita gente nos funerais,

Pra ver o resultado do álcool, os ais.