Onde o mistério é possível
Correntes pesadas
Por vezes impedem minh’alma de voar.
Não é o corpo que pesa, essa utopia criada
Esse sonho devassado
De materialidade adversa...
Meu espírito é livre
E a carne antes o liberta
Na sua mais concreta subversão.
O raciocínio me cansa
Labirinto cheio de saídas para luz do sol
Oque o espirito busca é quebrar
A corrente da lógica aprisionante...
Onde a chave do mais belo tesouro
A liberdade
Jaz na escuridão de tuas sombras
No silêncio onde nascem os seres que te habitam
E guerreiam entre si.
É difícil viver acordado num sonho.
Mergulhar no breu é preciso.
Lá onde o mistério é possível e o mundo ainda não desencantou.