Homens de pedra
Sou filha da ditadura
Nasci em tempos de susurro,
De omissão para a sobrevivência.
Da morte prematura
E toda beleza.
Dos homens de Pedra.
Da filosofia das receitas de bolo.
Na arte de esconder a dor,
Cresci
Ouvindo o choro do riso
E a risada do choro.
De um povo entorpecido.
Hoje,
A fome se multiplica
Tudo fica passível de venda
Na terceirização da vida.
Novo tempo,
De homens descartáveis
E mulheres objeto.
Dos sonhos vendidos.