Das almas em solidão
A noite se arrasta.
Ventos proferem sons fortes.
Atentas a todos os ruídos,
mãos estrangulam a inocência
(cada instante tem a cor da morte)
e as palavras chegam transbordantes de silêncios.
Já nem sabemos mais o tom do céu
ou o que ainda resta lá fora.
Sombras sobre sombras... Um frio enigma...
Ainda busco a palavra gêmea da alma
mas resta apenas solidão
neste silêncio tão sobre si.
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Ganhei o comentário literário - tão precioso! - de Kathleen Lessa. Impossível deixar de postá-lo junto ao meu poema... Graças mil, Kathleen! Bjs, lilu
"Noite adensada e fria...
Brumas, memória...
Imagens esgazeadas...
Olhos desnorteados...
Um eco ao longe...
Vaga-se na esteira da esperança."