Das almas em solidão

A noite se arrasta.

Ventos proferem sons fortes.

Atentas a todos os ruídos,

mãos estrangulam a inocência

(cada instante tem a cor da morte)

e as palavras chegam transbordantes de silêncios.

Já nem sabemos mais o tom do céu

ou o que ainda resta lá fora.

Sombras sobre sombras... Um frio enigma...

Ainda busco a palavra gêmea da alma

mas resta apenas solidão

neste silêncio tão sobre si.

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Ganhei o comentário literário - tão precioso! - de Kathleen Lessa. Impossível deixar de postá-lo junto ao meu poema... Graças mil, Kathleen! Bjs, lilu

"Noite adensada e fria...

Brumas, memória...

Imagens esgazeadas...

Olhos desnorteados...

Um eco ao longe...

Vaga-se na esteira da esperança."

lilu
Enviado por lilu em 11/07/2010
Reeditado em 19/05/2011
Código do texto: T2370622