ASAS PARTIDAS DE NOVO

A pomba das asas partidas

Caiu do alto rápido ao chão

O baque incomodou-me os ouvidos

Olhei para a frente e a vi em agonia

Me aproximei e peguei-a nas mãos

Ela quis ficar de pé e voar

Não conseguiu das minhas mãos escapar

Fora ferida em suas asas

Levei a pomba para minha casa

Dela cuidei até sarar

Um dia eu soltei a pomba branca

Vi a pomba logo voar

Fiquei feliz de ver que alçou vôo

Ela voava em liberdade

Voava sempre toda tarde

Pousava calma em minha mãos

Nunca mais a pomba das asas partidas

Deixou de vir a mim

Eu fiquei para sempre cativo

Por aquela pomba em meu coração