As Andorinhas sempre voltam.

As nossas andorinhas vão e voltam sempre, contudo,

As citadas são lindas e de Apucarana, norte do Paraná.

Elas vão embora após chegarem na primavera, outubro,

Ao anoitecer fazem algaravia, voando pra lá e pra cá.

Nos meses que ficam aqui, de outubro a maio, aliás,

Escurece o céu apucaranense, no Redondo, a praça.

E todas as bocas-de-noite, são cinco, seis mil, ou mais,

Defecam à vontade e os garis limpam tudo, com graça.

Os habitantes ficam a olhar a revoada com admiração,

Os trabalhadores desviam de caminho, eu não, que mal?

Com medo de ser atingidos dos arvoredos e da fiação,

Esquecem que fomos nós que destruímos o seu habitat.

Confesso que faço todo dia esse trajeto com esmero,

E nunca fui premiado, peço que respeitem a natureza.

Notei que de manhã todas se alinham, falta espelho,

Nos fios elétricos, todas viradas pro mesmo lado, beleza.

Dizem que no começo do inverno migram, deixa está,

Voam mais de cinco mil quilômetros pelo Pacífico, o oceano.

Chegam ao destino quando começa o verão, no Canadá,

Mas voltem logo, pois já estamos com saudades, neste ano.

Autor: Adiones Gomes da Silva, o Ponga – Rua Rotary,73 – tel/fax.: 43-3432-8613, e-mail: adionesgsilva@pop.com.br - CEP86900000 – Jandaia do Sul – Pr – SPJ/MAI/2007/DOC.031