****AVIDEZ DA ALMA***

Eis-me menino vadio no proscénio da vida,

de mala e cuia sem pão sem guarida a viver

da ilusão de um profano e mundano amor,

que indómito corrói minh”alma.

Eis-me poeta de lágrimas viçosas, nascentes

de águas mansas que neblinam pela tua cruel

insensata ausência; e como serpentinas ao

vento vejo desgalgar minhas esperanças

Eis-me o proliferar da tua avidez, a gana do

corpo e alma, o astuto jeito meloso, o toque

profundo no teu mais quieto íntimo, o vagueio

fatigante na vulva

Eis-me a sofreguidão do teu sim que a cada dia

e noites faz-me correr em desabalados sonhos

rumo aos teus lábios, e NELES minhas utopias

reclinam minha boca a tua e juntos chegamos

aos AIS do amor.

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