Quatro paredes

Apenas os olhos branco gelo

Das quatro paredes que nos cercavam

Escutaram os seus tolos delírios

Disfarçados de belas promessas

Não era tão ingênua... como todos pensam

Mas acreditava cegamente em você

E você vibrava... ao falar “para sempre”

Quando deveria dizer nunca

Você prometeu me amar

Mas foi incapaz de segurar a minha mão

E impedir que eu te deixasse

Existem quatro paredes cegas

A minha volta neste momento

Não sabem nada do que aconteceu

Apenas observam os meus pensamentos

Mas entre quatro paredes

Todos os devaneios são válidos

Nada é proibido tudo pode ser perfeito

Você prometeu que não iria me deixar

Chorando sozinha como sempre aconteceu

Mas este inverno estou sentindo frio

Pintei as paredes de azul...

Assim os ouvidos dessas cúmplices

Do amor imperfeito disfarçado de perfeição

Estarão para sempre escondidos

As promessas estão no lixo

No fundo do meu coração

Querido gostaria de informar

Que as quatro paredes

Das falsas promessas que fizemos

Estou demolindo neste momento

Afinal também prometi amar você pra sempre

Talvez eu faça... talvez não...

Quero apenas fazer desaparecer

Todo e qualquer vestígio seu

Acabo de me enamorar

Da pessoa mais importante que poderia conhecer

E o nome desta criatura... EU!

Então não se assuste se ao passar por mim

Observar um outro alguém... filhos...

Tudo que você não pode e não queria cumprir

Eu me amo muito... mais do que você

E as quatro paredes que estou reerguendo

São testemunhas que mereço ser feliz

(Lado B -escrito em 21/09/06)

Sad Eyes
Enviado por Sad Eyes em 03/11/2009
Reeditado em 09/03/2011
Código do texto: T1902057
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