mercador de ilusões

levitar na luz sobre o pó da incultura;

semear a mensagem como o vento à pluma;

mostrar, por vezes, a força da ternura;

manter, por outras, a indolência do puma;

sonhare com as doces ilusões da vida;

sentir a luta da alma em conflito;

ser alvo dos sonhos da amante inibida;

fazer dos seus sonhos seu deus e mito.

quem pode assim conceber a existência

e nela obter sua autosuficiência

sem inflar o ego ou murchar os brasões

está fadado sem nenhuma indulgência

a integrar-se aos criadores de emoções:

é um poeta; um mercador de ilusões.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 09/09/2009
Código do texto: T1800480
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