Sou uma Espartana

Foi em minha fraqueza que se ergueu o feroz felino e aí vi que tudo pelo qual vivi, tantos perdidos, renasci e cresci, vi o odio em olhares e a raiva cuspida por seus lábios santos e suas mãos ungidas só sabiam apontar ao invés de se erguer e abençoar, e seu egoísmo latente com sua ânsia por boa reputação lhe fez um rastro negro e sombrio

Tive nojo de toda sua tola sabedoria e não consigo me livrar de essas faces mesquinhas... com a boca falam de um Deus bom, mas em seus olhos é nítido que não o conhecem.

Grito, queimo, rasgo minhas vestes por este povo tolo, e não sei até quando o obscuro renascerá para atormentar, cada verdadeiro guerreiro desta batalha infindavel.

Como Esparta... só os mais fortes, só os honrados... só os inteligentes, vêem além do por do sol e não usam cabrestos e se indignam com tamanha tolice de alguns até intitulados profetas... És sádicos, não? posso ver o anti-Cristo nascer de vosso meio medíocre... sim, vocês tão oportunistas, tão cheios de si... tão vazios de Deus.

Toda sua ignorância me açoita... me cobra sangue, me faz arder a carne e corroe meu peito, liquidando todo meu bom animo.

Acredito que ações falam bem mais alto que todo seu teatro eloqüente encenado diante da congregação tão retrógrada.

Tive cortes profundos, sei do que falo.

O quartel está cheio, mas com quase nenhum soldado.

Diane Gardim
Enviado por Diane Gardim em 06/09/2009
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