xilofone - jade

xilofone - jade

algum dia eu acordo bem

dp de escutar o som de xilofone

e baixo

esperando ninguém gritar

direitos suspeitos na minha

fronte

doída e doida

acordarei muda, silenciosa

como está meu coração

e, percebo,

tb o das demais pessoas

ficarei parada, assim, quem sabe

meu coração voa

e eu aqui volto a sonhar leve

tão leve quanto é minha língua

afiada e aquietada pela dor

reservada a cada um e a todos

viventes

tentarei não pensar nas decepções

íntimas

misturando lirismo num passeio

comum

no parque da Jaqueira

farei de conta que tive tempo

para me levar acompanhada

a apreciar a natureza

mostrando-a a quem ainda não sabe

bem de sua beleza

indicarei o brilho de Sol

nas teias delicadas

tecidas pacientemente

por duas ou três aranhinhas

e nada de insetos aprisionados

nada de pensamentos aprisionados

em ‘and if’

até compreender o fim absoluto

de um sonho de todo ilógico

e preparar o coração para um

novel sonho, desta vez,

passível de realização.

Ana Lã
Enviado por Ana Lã em 02/08/2009
Código do texto: T1733122
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