Às asas de Eros (a Musa Lucilene Corrêa)

Às asas de Eros, o deus alado

Num vôo harmonioso ir-me-ei a ti

E pousar-me-ei sobre teu corpo fabuloso...

E serei escravo de teus segredos,

Teus mistérios divinais!...

Musa do poeta! Devoção sublime...

Sou o melhor amigo... O cantor das artes

Dessa beleza que de tão bela

Ofusca os olhos... Paralisa!

Que se faz presente no seio de ti...

Cantar-te-ei, Erato, Musa da poesia amatória

Enquanto o gênio alado, deus do amor

Pairar sobre a pena delirante

Que os versos corro extasiante

Ao poema que lhes componho...

Ao canto das cigarras cantar-te-ei... E sempre!

Sem comer nem beber;

Do nascer ao morrer...

Pois não há fome, nem sede quando

Se admira tanta beleza presente

Num ser tão majestoso... Harmonioso!...

Danças Terpsicore!...

E dizes aos ventos – meu nome –

Aos mares e firmamentos...

Sou eu, o poeta amigo, que lhes fazem as honras

Maior estimo ter-te-ei

Sabido que danças para mim...

Cantas Euterpe!... Teu canto sublime...

E faz dançar no peito do poeta

O coração sempre menino...

Rias Talia teu riso cômico

Tuas gargalhadas sinfônicas...

Dar-te-ei meus versos celestiais!

Como outrora lhes dissestes:

“Dou-te como templo o poema!”

Talia, Melpômene...

És tu composição fabulosa

De todas as Musas uma só: Lucilene!

Agnaldo Tavares o Poeta
Enviado por Agnaldo Tavares o Poeta em 29/07/2009
Código do texto: T1726252
Classificação de conteúdo: seguro