A Linha...
A mata na noite
Não sei o que vejo
A lua... como o dia
Farol nas mãos de Deus
Na mão uma vara sem linha
Ficou no fundo do rio
O dia todo
E o sol no corpo
E nada!
Ainda perdi a linha
Rio Ingrato
Meu barco nao lhe fere
E nem zombo quando estás vazio
Disse aos peixes que eu nao viria hoje
Eles nem me conheciam
E me temeram
Voce tem a chuva
Te alimenta
E nem faz força
Eu só tenho essa vara
De bambu, do campo
Agora... sem linha
Vou pescar nos sonhos
Mas no sonho nao tenho fome
Voce está nele... Rio ingrato!
Fica com os peixes
Me dê as sereias
Que trarão de volta
A minha linha...