ORGÍACA
ORGÍACA
Poema premiado com a segunda colocação, na categoria “trova”, no 1º Concurso de Poesias da Associação Paulista de Medicina, São Paulo, 1998.
Orgíaca, plena,
Indecente e nua,
Passeava a lua
Pelo meu quintal.
Segui-a, fui vê-la
No rompante de lascívia;
Fiz-lhe a corte e tive-a
Numa noite estival.
E hoje ela me esnoba
Quando passa lua cheia,
Mas eu a tive, fecundei-a;
Fiz dela deusa, musa fanal.
(alguém disse que não era trova,
Mas isso nada prova,
Pois tem bicho que desova
Dentro de outra cova.)