Surpresa: presa cativa

Do amor as formas são tantas

Buscando ternura e prazer

Entre o falar e o beijo

E a emoção logo encanta

Fazendo o corpo tremer

Pelo crescer do desejo

Reservada, tímida e no entanto

O ato de amar transfigura

Alterando a reação

Por um momento o espanto

Perdido em meio à loucura

Diabrura da paixão

E corre a noite por certo

Tão perto da eternidade

Onde o tempo se esconde

E tendo o corpo desperto

Atiça a ansiedade

Com que o corpo responde

A madrugada se extingue

Retira-se sorrateira

Na mansidão do depois

O infinito se restringe

Respeitando a fronteira

Que abriga apenas dois...

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 27/04/2006
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