Sub_traído
às vezes conto que sou louco,
mas ninguém quer acreditar,
minha sandice é visível – latente,
está na minha cara de pau
existe um grande vazio
entre mim e o meu Eu desgarrado,
não sou eu que me faço louco,
é você que não me deixa voar
estou solto no abismo,
no ostracismo, no egoísmo
e você não me alcança
não tem forças para me segurar
como sangue escorrendo nos dedos
vou descendo para os confins dos vãos,
parece que até que o meu psicólogo, que é um santo,
perdeu a esperança de me curar