O dia
A sombra da árvore
me cobre o corpo.
Minha alma fica fora
o sol quente me faz calor.
Descanso só, sob os galhos,
galhos de folhas verdes.
É outubro e o verde aparece,
sobre o olhar solitário.
Ao sul, é sombra
ao norte, é sol
expressam ambos na mesma linguagem,
a linguagem dos cegos.
É noite aqui,
o sol está do outro lado.
Lá eles entendem e vêem
quando apenas reclamam.
As folhas ainda são verdes,
os galhos crescem,
na chuva, florescem,
o homem reclama.
O sol já se vai.
Vai clarear o outro lado,
lá também as folhas são verdes,
quando a chuva cai.
O ar se renova,
as pessoas respiram aliviadas.
A hora passa,
o homem novamente inventa poluição!