Estrela cadente

Reluz na noite escura

No manto negro do céu

Compondo o desenho do sonho

Pisca com desenvoltura

Tecendo em prata um véu

Que tem um aspecto tristonho

Mas eis que em dado momento

Num arrojo sem limite

A estrela desliza a vontade

Enfeita o firmamento

Saudando a Lua que assiste

Seu salto de liberdade

Assim a estrela cadente

Num repente brilha mais

Como um cristal esculpido

Na Terra um homem carente

Ao vê-la se emociona demais

E faz contrito um pedido:

Estrela foco brilhante

Envolve a minha vida

Com perfume de jasmim

Pois perdi a minha amante

Uma pessoa querida

- Faz com que volte pra mim...

E naquela mesma noite

Ao chegar a sua casa

O homem se põe a chorar

Na janela, como açoite

Alguém bate e logo fala:

Sou eu, amor, posso entrar?

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 20/02/2006
Código do texto: T114000