Amargo recheio

Descubro-te desnuda

E debruço,

No escuro pra te embalar

Como em noite de luar,

Em toques de ternura.

Te escuto o silêncio.

Te falo calado.

Sem enfado me descubro desnudo,

E rebusco nesses dois corpos

Aquele que é um só.

Me recubro de lembranças,

Mas recuso voltar no tempo.

Me envolvo em travessuras,

Travesseiros, mas sem teus seios.

De culpas recheado, já percebo

Apenas dormências!

Reminiscências de um gostar de você,

Na permanência da tua ausência.