A primeira impressão
Um braço estendido
Um livro aberto numa página escrita... com palavras impressas
Poemas: são palavras do poema de Alphonsus de Guimaraens
São impressões de vésperas de finados... está perdido,
assim como o braço na sala estendido
esfriado naquele piso escuro e limpo, polido... encerado
(a palavra certa para a personificação do fato)
O misticismo o corrói
Tem medo do medo mal e medo do bem do medo
Teme um deus – que nem parece conhecer -, um demônio...
e a morte que o persegue como o sacramento
aos enamorados desejosos de uma eternidade trivial
Uma sala coberta por “ocaso” de Alphonsus e do mundo natural
ao findar de uma tarde cheia de barulho que se contempla ao silêncio
que entrega a um homem um bem maior que a sua própria expressão
silêncio ou solidão pudessem causar... o eterno início de um começo
que se finda com a deterioração de uma primeira idéia de fim
num ambiente consternado:
voltado para o braço estendido
o cabelo molhado
o rosto pálido
e o olhar...
o livro aberto numa página escrita... com impressões:
“Se estes sinos vão dobrar por mim,
Se este é o momento do meu enterro,
Fiquem os sinos a esperar por mim...
Que eu nunca alcance, ó Deus, o alto daquele cerro!”
e não mais viver[á] em terrenos áridos
onde só cresçam plantas rasteiras e silvestres
para lastrar pelo corpo desse moço que se deita e adormece
num sono sepulcro em que o sonho se perde
num pequeno monte penhascoso e abrupto