Dançando entre as estrelas

A noite já nos convida

Chamando-nos para dançar

No céu um cometa improvisa

O arranjo para nos acompanhar

A lua se mostra altaneira

Garantindo o fim da escuridão

Uma estrela quer ser a primeira

A reluzir a claridade no salão

Na penumbra ouve-se um sussurrar

E a brisa entoa sua melodia

Como se todo céu fosse pulsar

No ri timo suave da poesia

Então nos dois embevecidos

Valsamos a noite toda sem parar

Nossos corpos se entrelaçam aquecidos

Pela chama da paixão a nos queimar

Até que a madrugada se aproxima

Trazendo de vez a claridade

Sinto-me como se fosse uma menina

Sem elo com a temporalidade

Mas como por encanto raia o dia

Desfazendo o momento da ilusão

Não mais se ouve a melodia

Não há mais uma estrela no salão

Percebo que estou sozinha agora

Ainda com vontade de dançar

Mas você, querido, já foi embora

Descubro que é hora de acordar...

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 18/01/2006
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