INVERNIAS

Dobra o topo das macegas

Chasqueadas pelo minuano

Trazendo cheiro de inverno

Preludiando o fim de outono

As cinzentas madrugas

Cobre o verdes das coxilhas

E o pampa e todo silencio

Quando de geada em tordilha

A tarde as sombras se alargam

Friorentas e tenebrosas

Os ranchos serra as portas

Pro aconchego das brasas

E comprido este mês de agosto

E a solidão das demoras

Quando a coberta e escassa

E o vento e uivante la fora

Talvez que vindo o setembro

Logo chegue uma tarde morna

Pronunciando a prima-vera

E todo pampa floresça

Lírios trevais e jasmim

Que brote novas sementes

E surja outros jardim

Muitas braças de ternura

Humanizando os confins

E que este mate de espera

seja verde ate o fim

O canto estridente dos grilos

Trinando sobre o capim

ZECADIVINO
Enviado por ZECADIVINO em 16/11/2015
Reeditado em 08/01/2016
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