Nas lembranças da frente do galpão

Pela imagem do ramadão que tem pela frente do galpão

Corre um guri que vive em meu coração que pela alma

Agora resguarda nos meus olhos pra horas calmas

Que na hora que um pinho charla das coisas do coração.

Relembro a olhos vivo do tempo que meus bastos

Eram só pra correr carreira na volta da escola

E pra carregar o leite na bolsa de sola.

E no rumo do tempo ficaram esses rastros.

Impressos pela frente do meu galpão.

Que emoldurou minha tropa de osso

Que pra minha alma de guri era um colosso

Mas não ia além dos limites mangueirão.

No tempo ficou pra minha agora de ginete dos Buenos

Ficando a lembrança dentro do peito inerte

Que pela voz do meu pinho solito pelo ramadão verte

Dos tempos que a lida era por farra de quando era pequeno

E agora no olhar ao longe me paro pela frente do galpão

Nas lembranças de guri pipeiro num petiço colorado

Tentando enfrenar no sonho um potro de boca atada

Que esbarrava bem neste ramadão.

Que guardou a minha infância de guri de campo

Pelos caminhos que agora sigo solito na lida

Pra costear as lembranças e seguir a vida.

Firme nas garras no rumo do tempo.

Ginete
Enviado por Ginete em 09/06/2012
Código do texto: T3714119
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